Forte PIB do Brasil impulsiona esforços de reeleição de Bolsonaro
BRASÍLIA, 1º de setembro (Reuters) - A economia do Brasil acelerou mais do que o esperado no segundo trimestre, impulsionada pelos gastos do consumidor e pela recuperação dos serviços, proporcionando um vento favorável para o presidente Jair Bolsonaro que busca a reeleição em outubro.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,2% nos três meses até junho, informou o IBGE, melhor do que o crescimento de 0,9% previsto em pesquisa da Reuters com economistas.
Foi o quarto trimestre consecutivo de crescimento sequencial, elevando a atividade econômica 3% acima do nível pré-pandemia, e pouco abaixo de seu pico histórico no primeiro trimestre de 2014.
Bolsonaro, que está atrás do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião, concentrou esforços em iniciativas econômicas para aumentar sua popularidade, aumentando a distribuição de dinheiro para famílias de baixa renda e adotando medidas fiscais para conter a inflação.
As isenções de impostos sobre combustíveis deveriam expirar este ano, mas após um compromisso de campanha, o presidente já as estendeu até 2023 em um projeto de lei orçamentário enviado ao Congresso. consulte Mais informação
O PIB do segundo trimestre foi impulsionado principalmente por um aumento de 1,3% nos serviços. O setor, que reagiu fortemente após o golpe sofrido pela pandemia, responde por 70% da economia.
Ao mesmo tempo, a indústria cresceu 2,2% e a agropecuária, 0,5%.
"O resultado mostra uma consolidação da retomada da atividade econômica, mesmo com os impactos do conflito no Leste Europeu e os efeitos prolongados da pandemia", disse o Ministério da Economia em comunicado.
Ecoando discursos recentes do ministro Paulo Guedes, que previu que a economia cresceria mais de 2,5% este ano, o ministério destacou que a atividade tem sido sustentada pelo bom desempenho dos serviços, recuperação do emprego e alto nível de investimento privado.
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho, o menor nível em quase sete anos.
William Jackson, economista-chefe de mercados emergentes da Capital Economics, revisou sua previsão de expansão econômica este ano para 2,5%, de 2% após o relatório de crescimento do segundo trimestre, mas enfatizou que "a economia deve suavizar no segundo semestre do ano". .
A atividade cresceu 3,2% em relação ao segundo trimestre de 2021, superando a previsão de 2,8%.
O IBGE também revisou o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre para um ganho de 1,1%, ante um aumento de 1,0% relatado anteriormente.
Reportagem de Marcela Ayres; Edição por Steven Grattan e Jonathan Oatis
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